"É mais fácil falar com os meus amigos e agora entendo melhor meus professores."

Ao conhecer Reuben, você não percebe que ele tem surdez unilateral (SSD). Falador e muito divertido, esse garoto de nove anos não parece diferente de outras crianças da sua idade quando fala sobre a escola, os amigos e sua nova solução auditiva de condução óssea.

Nome: Reuben
Indicação: Surdez unilateral devido à meningite

Recusa em ceder

Desde que perdeu sua audição de um ouvido em decorrência da meningite aos dois anos de idade, foi um caminho difícil encontrar a solução certa para o seu problema auditivo. No entanto, graças à persistência de sua mãe Louise que se recusaram a aceitar que Reuben deveria se contentar com os aparelhos auditivos que lhe foi oferecido, ele finalmente conseguiu obter um sistema auditivo de condução óssea. 

Louise explica a diferença que a nova solução fez. "É realmente incrível ver como agora ele pode acompanhar tudo na escola. O volume de sua fala diminuiu consideravelmente e ele pode se concentrar mais na aprendizagem, já que não está mais concentrado apenas na audição." 

Após a meningite, Louise percebeu rapidamente que a audição de Reuben tinha sido afetada. "Eu sabia que ele podia me ouvir, mas ele não sabia onde eu estava. Ele muitas vezes tentava me encontrar em outra parte da casa." 

Depois disso, Louise tentou diferentes soluções, a fim de encontrar algo que funcionasse para Reuben. Nada parecia oferecer bons benefícios.

Problemas de audição e problemas dos aparelhos auditivos

Quando Reuben começou a estudar, ele usava um aparelho auditivo para surdez unilateral. Embora o dispositivo fosse pequeno, ainda grande para ele. "Ele não gostava de usá-lo e muitas vezes ele caía. Ele tinha constantemente infecções do ouvido e era uma batalha todas as manhãs para fazê-lo usar o aparelho," afirma Louise. 

Louise recusou-se a aceitar esta era a única opção disponível para Reuben e pesquisou outras soluções on-line. Ela se deparou com o conceito dos sistemas auditivos de condução óssea e os resultados obtidos pelos pacientes com surdez unilateral. 

"Encontrei muitas informações sobre os sistemas auditivos de condução óssea para a surdez unilateral em adultos, mas não havia muita coisa sobre seu uso em crianças. Eu não conseguia entender por que havia essa diferença. As crianças enfrentam os mesmos desafios com localização do som e ambientes ruidosos como adultos." 

O consultor disse que Reuben não era um candidato adequado para um sistema auditivo de condução óssea, mas Louise insistiu em um encaminhamento para uma segunda opinião em outro hospital. No Hospital Infantil de Birmingham, sua persistência valeu à pena, já que os consultores auditivos de lá consideraram que Reuben seria um candidato ideal.


Tentando a soft band

Reuben começou a usar um processador de som em uma soft band para testar como ele funcionava em situações cotidianas. Isso permitiu que ele e a família experimentassem essa solução auditiva sem a necessidade de qualquer cirurgia. Depois de seis meses, Reuben e sua família sabiam que era a escolha certa e, em julho de 2014, ele fez a primeira de duas cirurgias para ter a solução definitiva. 

Na primeira cirurgia foi colocado um pequeno implante de titânio no osso atrás da orelha, ao passo que na segunda cirurgia, menor que a anterior, foi inserido o suporte. Uma semana após a segunda cirurgia, em outubro de 2014, o processador de som foi adaptado no abutment. 

"O procedimento em si é bem pequeno, mas parece sério, porque envolve o crânio. Vinte e quatro horas após a primeira cirurgia, ele não precisou de nenhum alívio da dor e no dia seguinte estávamos no parque e ele estava brincando na tirolesa," comenta Louise.


Um novo universo de sons

Assim que o processador de som foi adaptado, Reuben começou a ouvir os sons de um novo jeito. "Eu só pensava: 'Uau! Posso ouvir o som da minha calça encostando na cadeira do meu lado direito'", recorda-se. 

O seu processador de som deixou a vida escolar muito mais fácil para Reuben porque agora ele pode compreender e interagir completamente com o ambiente que o cerca. "É mais fácil falar com os meus amigos e agora entendo melhor meus professores," afirma.

Uma verdadeira ajuda

Louise está tão satisfeita com o novo dispositivo quanto Reuben: "Já não preciso ficar lembrando que ele precisa usar seu processador de som. Ele pode ver que isso o ajudar e que faz uma grande diferença. Ele vai usar seu novo processador de som mesmo em lugares barulhentos. Antigamente, ele desligaria seu aparelho auditivo nesses lugares." 

Outra mudança que Louise notou desde que Reuben obteve seu sistema foi em seus níveis de energia. "Ele sofre menos fadiga e é agora mais capaz de lidar com suas emoções quando está cansado," diz. 

Em comparação à sua antiga soft band, Reuben gosta do fato de seu novo aparelho auditivo ser mais discreto. Além disso, é tão leve que ele não percebe que está usando. Embora seja menos perceptível do que a solução com a soft band, ele ainda recebe alguns comentários de seus colegas. "As outras crianças são curiosas, mas apenas digo o que é e que é legal."


Vivendo com um processador de som

Louise limpa o local do abutment todas as noites com uma escova de dentes macia antes de Reuben se deitar, e ele coloca o processador de som sozinho todas as manhãs. "Eu me visto primeiro para que ele não caia. No início, minha mãe colocava para mim, mas eu aprendi e agora posso colocá-lo sozinho na escola. Minha mãe não coloca tão bem quanto eu," comenta com orgulho. 

Para outros pais na mesma situação, Louise tem o seguinte conselho: "Converse com pessoas com experiência para saber mais. Antes da cirurgia, eu imaginava se estava fazendo ele passar por isso à toa. Contudo, eu sabia que Reuben merecia o melhor. Olhando para trás agora penso: "Por que não fazê-lo?" 

Reuben é mais conciso em seu conselho. "Tenha o Ponto!", diz.